Este beijo em tua fronte deponho! Vou partir. E bem pode, quem parte, francamente aqui vir confessar-te...
terça-feira, 23 de março de 2010
Corra Lola, corra!
"Eu não acredito no pânico
Eu não acredito no medo
Eu não acredito em profecias
Então não desperdiço nenhuma lágrima"
quinta-feira, 18 de março de 2010
Transcendência

"[...]Para todas essas buscas poderíamos nos perguntar 'para quê'? Todas elas desembocarão em última instância na plenitude e nenhuma delas se justifica por si mesma. Somente a plenitude é auto-justificável. Quero ser pleno porque quero ser pleno. Aliás, sou pleno simplesmente. Melhor ainda, sou.
[...]Transcendência é desejo e movimento. Se não sei o que quero, se sinto somente a insatisfação no peito, se o desejo ainda é inconsciente, ainda assim é transcendente. Se estou em movimento atrás de algo que não sei o que é, ainda assim o movimento é transcendente.
O humano é o único ser que quer ser diferente do que é. Em realidade isso é impossível. A transcendência é uma ilusão. Não podemos modificar nossa natureza. Um pote de barro pode modificar a sua forma de pote, mas jamais conseguirá ser outra coisa que não barro. Uma onda no oceano pode querer ser maior ou menor, mas nunca deixará de ser oceano.
Em realidade somos transcendentes quando aceitamos que Oceano é a nossa natureza. Nada menos que o vasto e infinito Oceano. "
http://www.universodeluz.net/modules.php?name=News&file=article&sid=245
sábado, 13 de março de 2010
O prazer e a Dor
"Quanto a Sócrates, sentara-se no leito e, tendo
encolhido a perna,esfregava-a fortemente com a
mão. E enquanto a esfregava dizia-nos: "Como
parece aparentemente desconcertante, amigos, isso que
os homens chamam de prazer! Que maravilhosa relação
existe entre a sua natureza e o que se julga ser o seu
contrário, a dor! Tanto um como a outra recusam ser
simultâneos no homem; mas procure-se um deles -
tenhamos preso um deles - e estaremos sujeitos quase
sempre a encontrar 5 também o outro, como se fossem
uma só cabeça ligada a um corpo duplo! Parece-me,
mesmo, que Esopo, se nisso tivesse pensado, teria
composto uma fábula a esse respeito: a Divindade,
desejosa de lhes pôr fim aos conflitos, como visse
frustrado o seu intento, amarrou juntas as duas cabeças;
e é por isso que, onde se apresenta um deles, o outro
vem logo. É, assim, que se lhe afiguram as coisas:
devido ao grilhão, há pouco sentia dor na minha perna, e
já agora sinto prazer! [...]"
Platão
encolhido a perna,esfregava-a fortemente com a
mão. E enquanto a esfregava dizia-nos: "Como
parece aparentemente desconcertante, amigos, isso que
os homens chamam de prazer! Que maravilhosa relação
existe entre a sua natureza e o que se julga ser o seu
contrário, a dor! Tanto um como a outra recusam ser
simultâneos no homem; mas procure-se um deles -
tenhamos preso um deles - e estaremos sujeitos quase
sempre a encontrar 5 também o outro, como se fossem
uma só cabeça ligada a um corpo duplo! Parece-me,
mesmo, que Esopo, se nisso tivesse pensado, teria
composto uma fábula a esse respeito: a Divindade,
desejosa de lhes pôr fim aos conflitos, como visse
frustrado o seu intento, amarrou juntas as duas cabeças;
e é por isso que, onde se apresenta um deles, o outro
vem logo. É, assim, que se lhe afiguram as coisas:
devido ao grilhão, há pouco sentia dor na minha perna, e
já agora sinto prazer! [...]"
Platão
Arte de Amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Manuel Bandeira
sexta-feira, 12 de março de 2010
"A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente."
Florbela EspancaDas Utopias
ElDorado
Gentil, faceiro,
um cavaleiro,
sob sol e sombreado,
seguiu avante,
cantarolante,
em busca do Eldorado.
Mas o andarilho
ficou tão velho,
no âmago assombrado,
por não achar
nenhum lugar
assim como Eldorado.
E, enfim diante
de sombra errante,
parou, quando esgotado
e arguiu-lhe "onde,
sombra, se esconde
a terra de Eldorado?"
"Sobre as montanhas
da lua e entranhas
do Vale Mal-Assombrado,
vá com coragem,"
disse a miragem,
"se procuras o Eldorado".
Edgar Poe
Dialética

É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
Em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
Vinícius de Moraes
quinta-feira, 11 de março de 2010
Canção do Vento e da Minha Vida

O vento varria as folhas,
o vento varria os frutos,
o vento varria as flores…
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de frutos, de flores, de folhas.
O vento varria as luzes,
o vento varria as músicas,
o vento varria os aromas…
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de aromas, de estrelas, de cânticos.
O vento varria os sonhos
e varria as amizades…
o vento varria as mulheres.
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
e varria os teus sorrisos…
o vento varria tudo!
E a minha vida ficava
cada vez mais cheia
de tudo.
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