segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ego

Todos nós nascemos sem um ego. Quando uma criança nasce, ela é apenas consciência: flutuando, fluindo, lúcida, inocente, virgem, sem ego. Aos poucos, o ego é criado pelos outros. O ego é o efeito acumulado das opiniões dos outros sobre você.

Um vizinho chega e diz "Que criança bonita!", e olha para a criança com um olhar de apreciação. Então o ego começa a funcionar. Alguém sorri, uma outra pessoa não sorri. Algumas vezes a mãe é muito carinhosa, outras vezes está muito zangada.

E a criança vai aprendendo que não é aceita como ela é. Seu ser não é aceito de forma incondicional: há condições a serem satisfeitas. Se ela grita e chora e há visitas na casa, sua mãe se zanga. Se ela grita e chora, mas não há visitas na casa, sua mãe não se importa.

Se ela não grita, nem chora, sua mãe a recompensa sempre com beijos amorosos e com carinho. Quando há visitas, se a criança sabe ficar quieta, em silêncio, sua mãe fica muito feliz e a recompensa. A criança vai aprendendo as opiniões dos outros sobre si mesma olhando no espelho dos relacionamentos.

Você não pode ver a sua face diretamente. Você tem que olhar em um espelho, e no espelho você pode reconhecer sua face. Esse reflexo se torna sua ideia de sua face, e há milhares de espelhos a seu redor, todos eles refletindo algo. Alguém o ama, alguém o odeia, alguém é indiferente.

E então, aos poucos, a criança cresce e continua acumulando as opiniões de outras pessoas. A essência total dessas opiniões dos outros constitui o ego. A pessoa começa a olhar para si mesma da forma como os outros a veem. Começa a se olhar de fora: isso é o ego.

Se as pessoas gostam dela e a aplaudem, ela pensa ser bela, estar sendo aceita. Se as pessoas não a aplaudem e não gostam dela, rejeitando-a, ela se sente condenada. Ela está continuamente procurando formas e meios para ser apreciada, para ser repetidamente assegurada de que possui valor, que possui um mérito, um sentido e um significado.

Então a pessoa passa a ter medo de ser ela mesma. É preciso encaixar-se na opinião dos outros.

Se você deixar de lado o ego, subitamente se tornará novamente uma criança. Você não estará mais preocupado com o que os outros pensam sobre você, não prestará mais atenção àquilo que os outros dizem de você.

Nesse momento, terá deixado cair o espelho. Ele não tem mais sentido: a face é sua, então por que perguntar ao espelho?

Osho

domingo, 30 de outubro de 2011

Lord Ganesh



"No hinduismo ,Ganexa ou Ganesha (sânscrito: गणेश ou श्रीगणेश (quando usado para distinguir status de Senhor) (ou "senhor dos obstáculos," seu nome é também escrito como Ganesa e Ganesh, algumas vezes referido como Ganapati) é uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus. Ele é o primeiro filho de Shiva e Parvati, e o "esposo" de Buddhi (também chamada Riddhi) e Siddhi. Ele é chamado também de Vinayaka em Kannada, Malayalam e Marathi, Vinayagar e Pillayar (em Tamil), e Vinayakudu em Telugu. 'Ga' simboliza Buddhi (intelecto) e 'Na' simboliza Vijnana (sabedoria). Ganesha é então considerado o mestre do intelecto e da sabedoria. Ele é representado como uma divindade amarela ou vermelha, com uma grande barriga, quatro braços e a cabeça de elefante com uma única presa, montado em um rato. É habitualmente representado sentado, com uma perna levantada e curvada por cima da outra. Tipicamente so eu nome é prefixado com o título Hindu de respeito 'Shri' ou Sri.
Ganesha é o símbolo das soluções lógicas, e deve ser interpretado como tal. Seu corpo é humano enquanto que a cabeça é de um elefante, e ao mesmo tempo, seu transporte (vahana) é um rato. Desta forma Ganesha representa uma solução lógica para os problemas, ou "Destruidor de Obstáculos". Sua consorte é Buddhi (um sinônimo de mente) e ele é adorado junto de Lakshmi (a deusa da abundância) pelos mercadores e homens de negócio. A razão sendo a solução lógica para os problemas e a prosperidade são inseparáveis.
O culto de Ganesha é amplamente difundido, mesmo fora da Índia. Seus devotos são chamados Ganapatyas.


História de Ganesha

A mais conhecida história é provavelmente aquela encontrada no Shiva Purana. Uma vez, quando sua mãe Parvati queria tomar banho, não havia guardas na área para protegê-la de alguém que poderia entrar na sala. Então ela criou um ídolo na forma de um garoto, esse ídolo foi feito da pasta que Parvati havia preparado para lavar seu corpo. A deusa infundiu vida no boneco, então Ganesha nasceu. Parvati ordenou a Ganesha que não permitisse que ninguém entrasse na casa e Ganesha obedientemente seguiu as ordens de sua mãe. Dali a pouco Shiva retornou da floresta e tentou entrar na casa, Ganesha parou o Deus. Shiva se enfureceu com esse garotinho estranho que tentava desafiá-lo. Ele disse a Ganesha que ele era o esposo de Parvati e disse que Ganesha poderia deixá-lo entrar. Mas Ganesha não obedecia a ninguém que não fosse sua querida mãe. Shiva perdeu a paciência e teve uma feroz batalha com Ganesha. No fim, ele decepou a cabeça de Ganesha com seu Trishula (tridente). Quando Parvati saiu e viu o corpo sem vida de seu filho, ela ficou triste e com muita raiva. Ela ordenou que Shiva devolvesse a vida de Ganesha imediatamente. Mas, infortunadamente, o Trishula de Shiva foi tão poderoso que jogou a cabeça de Ganesha muito longe. Todas as tentativas de encontrar a cabeça foram em vão. Como último recurso, Shiva foi pedir ajuda para Brahma que sugeriu que ele substituísse a cabeça de Ganesha com o primeiro ser vivo que aparecesse em seu caminho com sua cabeça na direção norte. Shiva então mandou seu exército celestial (Gana) para encontrar e tomar a cabeça de qualquer criatura que encontrarem dormindo com a cabeça na direção norte. Eles encontraram um elefante moribundo que dormia desta maneira e após sua morte, tomaram sua cabeça, e colocaram a cabeça do elefante no corpo de Ganesha trazendo-o de volta à vida. Dali em diante ele é chamado de Ganapathi, ou o chefe do exército celestial, que deve ser adorado antes de iniciar qualquer atividade.
Assim como acontece com todas as outras formas externas nas quais o Hinduísmo representa deus, no sentido da aparência pessoal de Brahman (também chamada de Ishvara, o Senhor), a figura de Ganesha é também um arquétipo cheio de múltiplos sentidos e simbolismo que expressa um estado de perfeição assim como os meios de obtê-la. Ganesha, de facto, é o símbolo daquele que descobriu a Divindade dentro de si mesmo.
Ganesha é o som primordial, OM, do qual todos os hinos nasceram. Quando Shakti (Energia) e Shiva (Matéria) se encontram, ambos o Som (Ganesha) e a Luz (Skanda) nascem. Ele representa o perfeito equilíbrio entre força e bondade, poder e beleza. Ele também simboliza as capacidades discriminativas que provê a habilidade de perceber a distinção entre verdade e ilusão, o real e o irreal.


O Senhor cujo a Forma OM

Ganesha é também definido como Omkara ou Aumkara, que significa "tendo a forma de Om (ou Aum) . De fato, a forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra Devanagari que indica este grande Bija Mantra. Por causa disso, Ganesha é considerado a encarnação corporal do Cosmos inteiro, Ele que está na base de todo o mundo fenomenal (Vishvadhara,Jagadoddhara). Além disso, na Linguagem Tamil, a sílaba sagrada é indicada precisamente por uma letra que relembra o formato da cabeça de Ganesha.

Cada elemento do corpo de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado:

A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminatório;
O fato dele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;

As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância de escutar para poder assimilar idéias. Orelhas são usadas para ganhar conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo conhecimento também é;

A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na faculdade de discriminação entre o real e o irreal; Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado, simbolizando o tempo (passado, presente e futuro) e a superioridade de Ganesha sobre ele;

A barriga de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo e proteger o mundo;

A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica a importância da vivência e participação no mundo material assim como no mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.

Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciência condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciência - o Atman - que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;

A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o caminho da verdade e da retidão;

A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos devem ser deixados de lado;

A terceira mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de bênçãos, refúgio e proteção (abhaya);

A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro eu.


Ganesha e o Rato

Ganesha montado em seu rato. Note as flores oferecidas pelos devotos. Uma escultura do Templo de Vaidyeshwara em Talakkadu, Karnataka, India.De acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou mushika representa sabedoria, talento e inteligência. Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos. Então ele é também um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha, o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.
Ambos Ganesha e Mushika amam modaka, um doce que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração. O Mushika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganesha, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte Maharashtriana representar Mushika como um rato muito grande, e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo.
Outra interpretação diz que o rato (Mushika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é habitualmente representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.


A Presa Quebrada
Estátua de Ganesha do Distrito de Andra Pradesh, Índia.A presa quebrada de Ganesha, como descrita acima, simboliza inicialmente sua habilidade de superar ou "quebrar" as ilusões da dualidade. Porém, existem muitos outros sentidos que têm sido associados a este símbolo.
Um elefante normalmente tem duas presas. A mente também freqüentemente propõe duas alternativas: o bom e o mau, o excelente e o expediente, fato e fantasia. A cabeça de elefante do Senhor Ganesha porém tem apenas uma presa por isso ele é chamado "Ekadantha," que significa "Ele que tem apenas uma presa", para lembrar a todos que é necessário possuir determinação mental."

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O Antimundo



"A teoria da expansão e contração faz pensar que a criação universal esta subordinada a ciclos que vão do infinitamente pequeno ao infinitamente grande, e vice-versa.
Portanto, a matéria estaria na base de tudo. Ela só é densa e continua na aparência; para os físicos, ela apresenta-se sob a forma de estruturas geométricas contendo pequenas bolas em cada um dos seus ângulos.

COSMOGONIAS ANTIGAS

Cosmogonia significa: teoria da criação do mundo. Atualmente, a esta palavra prefere-se cosmogenese, na mesma acepção.
Cosmogonia indo-européia, segundo o Rig Veda: Não havia ser, ou não ser, ou éter, ou essa tenda do céu, nada a envolver, nada envolvido... mas aquele, esse respirava só, só com ela, cuja vida ele acalenta no seu seio.
Além dele, nada existia que depois tenha existido.
O desejo formado pela inteligência desse tornou-se semente original; a semente tornou-se progressivamente providência, ou almas sensíveis e matéria ou elementos.

Trata-se, por conseguinte, de um Universo não criado e criado ao mesmo tempo, impensável, desconhecido, que se organizou, fiz Rig Veda, pelo poder da contemplação.
Explicando melhor: a criação e o principio Ele-Ela não podem ser aprendidos e jamais o serão.


O UNIVERSO DO ABADE LEMAITRE

O abade Georges Lemaitre, cônego da Universidade de Lovaina, é criacionista, pois trata-se de um cristão: Considera ele o Universo em expansão: no final dessa expansão tudo desaparecerá.



O UNIVERSO DE MARTIN RYLE

O astrônomo do radiobservatório de Cambridge (Inglaterra) supõe ter havido, há treze bilhões de anos, um tremendo cataclismo: toda matéria concentrada num único ponto do espaço explodiu com uma violência inconcebível.
Essa explosão inicial ilustra axioma: E = M, energia igual a matéria.
Os quasars, espécies de onda luminosas, são os primeiros a partir.
As galáxias são projetadas em seguida.
A massa total finita espalha-se cada vez mais; velocidade nula quando o tempo coincidir com o infinito: treze bilhões de anos. Então, todo espaço estará repleto e ocupado, e não haverá mais tempo.
Ou então:
Os destroços vão afrouxar, depois atrair-se-ão mutuamente, provocando uma implosão que marcará o fim do mundo.



O UNIVERSO OSCILANTE DE ALLAN SANDAGE

Universo eterno e finito.
Paradoxalmente, o professor Sandage, do Observatório do Monte Wilson, é obrigado a conceber uma concentração inicial de toda a matéria universal. Essa matéria explode como no universo de Ryle, a expansão inicia-se e dura quarenta e um bilhões de anos.
Em seguida, verifica-se uma marcha inversa, uma contração: quasars, galáxias e nebulosas regressam ao ponto de partida para uma nova explosão. O ciclo de expansão-contração é de oitenta de dois bilhões de anos.
Houve e haverá uma infinidade de ciclos.


COSMOGENESE DE OSCAR KLEIN

Inicialmente, o Universo era uma espécie de nebulosa com um diâmetro de 200 bilhões de anos luz onde o físico sueco supõe a existência de um mundo formado de partículas e de um antimundo formado de antipartículas, isto é, de matéria e de antimatéria.
Partículas e antipartículas estavam disseminadas de mais nesse vasto espaço para terem qualquer possibilidade de se encontrarem.
Por efeito da gravitação universal, matéria e antimatéria condensam-se (contração formando dois mundos distintos)
Passando em seguida ao ciclo da expansão, esses mundos arrastam consigo as suas galáxias, cuja enorme velocidade de fuga se pode imaginar...
Não há interação (explosão) entre o mundo e o antimundo, pois ambos estão separados por uma zona neutra chamada ((ambiplasma)), dominada por uma temperatura intensa. Todavia, nessa zona, partículas e antipartículas encontram-se por vezes, excepcionalmente, provocando explosões junto das quais as nossas bombas atômicas não passam do rebentar de petardos.
Os radiotelescópios captam as ondas de rádio provenientes desses choques da matéria contra antimatéria, e não dos quasars como se pensava.


COSMOGENESE DE ANDREI SAKHOROV

O nosso Universo teria nascido dum antiuniverso desaparecido há vinte ou trinta bilhões de anos, fiz o físico russo.
No seus estado inicial, o Universo era constituído principalmente por antipartículas cuja condensação, a temperaturas muito elevadas, teria provocado uma explosão produzindo, como na desintegração atômica, mais matéria do que antimatéria.
O nosso mundo ter-se formado do excedente de partículas-matéria.


COSMOGENESE DE GUSTAV NAAN

A concepção do Universo e Gustav Naan, vice presidente da Academia de Ciências de Estónia, e semelhante á de Oscar Klein.
Ele imaginou a sua teoria invertendo a arquitetura presumível do Universo segundo uma formula matemática muito simples:

Si I (- I) = 0
0 = I (- I)

O mundo e o antimundo de Gustav Naan são da mesma natureza, mas inversos, talvez como os mesmos sistemas solares, as mesmas galáxias e planetas habitados por homens nossos semelhantes.
Entre esses dois mundos existe uma barreira intransponível para o homem sob pena de desintegração: uma barreira do nada.
No ponto zero funde-se o mundo em contração.
Mas do nada pode surgir matéria se ela for compensada no antimundo por uma porção igual de antimatéria.
A cosmogonia védica é admirável, tal como as especulações de físicos de Harward, Cambridge e do Collége de França, baseia-se no imaginário e no inconcebível, no nada que contem qualquer coisa. Ela garante que o homem jamais romperá o segredo do Universo.


A ANTIMATÉRIA

As cosmogeneses de Klein e de Sahkorov não explicam a criação inicial do Universo pois elas partem de um estado de fato, aliás hipotético.
Contudo o conceito de antimatéria obriga a uma explicação.
A bem dizer, ele foi sempre conhecido dos iniciados e sem duvida interfere com o En de aquém e com os universos paralelos que escapam ás nossas investigações.
((Poesia é a verdade)), dizia Goethe antecipando o antimundo e ((o outro espelho)) suspeitado por um grande vidente: Jean Cocteau.
Os físicos franceses Louis de Broglie e J. P. Vigier desde há muito imaginavam, para além das partículas conhecidas, um subuniverso do qual as partículas classificadas (elétrons, prótons, e partículas estranhas) e as antipartículas (antieletrons e antiprotons)
não seriam mais do que as primeiras manifestações.
Em suma, o nosso Universo não teria sido senão uma superfície de oceano cujos abismos desconhecíamos.
Deve-se ao físico inglês P. Dirac a teoria das antipartículas que possibilitou, em 1928, a descoberta do antielectrão, ou positrão, e do antiprotão, de massa igual á dos protões mas de carga negativa.
Em pura especulação, a antimatéria seria assim formada de antiátomos de núcleos negativos, rodeados por positrões.
Em 1966, no Laboratório Nacional de Brookehaven(E.U.A), foi criado um núcleo de anti-hidrogênio a partir de um antiprotão e de um antineutrão.
Esta descoberta, nos estagio molecular, torna pois admissível a teoria dos antimundos.
Ao contrário de Oscar Klein e de Andrei Sakhorov, o filosofo estoniano Gustav Nann pensa que o antimundo não estaria perdido nos confins do Universo, mas existiria no nosso. Seria um mundo paralelo, de certa maneira.
Alguns sábios julgam mesmo que os fótons (partículas de luz) seriam o resultado da energia suscitada pela combinação das partículas e das antiparticulas.
Em resumo, do choque de um mundo e de um antimundo nasceria a luz. Ou, por outras palavras, de acordo com as doutrinas secretas: de Deus e do Antideus nasceriam a luz e a criação.
Quando um Universo em contradição atinge o zero que é o nada, ele penetra no antimundo.
Então produze-se uma explosão e uma nova expansão ou antimundo transpõe o ponto zero de inexistência e toma o lugar do mundo desaparecido.
Nessa hipótese, admitindo que Deus rege o Universo, Ele vê-se substituído pelo Antideus e pelo antinuniverso, a cada mudança dos ciclos.
Estas teses não estão em desacordo com as doutrinas formuladas pelo mestre egípcio Anúbis Shénoula, para que a imperfeição e indispensável para garantir a perfeição, tal como o Carnac grosseiro da Bretanha foi necessária para equilibrar o Carnac subtil do vale do Nilo.
Pois tudo contém dois pólos chamados a substituírem-se um ao outro.
((Num mundo único onde reina a simetria, nada pode haver além do nada, o vácuo))
((Os próprios espaço e tempo não existem))"

FONTE: Titulo original: LE LIVRE MYSTEIREUX INCONNU, Robert Lafount, 1969
LIVRARIA BERTRAND, S.A.R.L.- Lisboa

www.rodrigoenok.blogspot.com




quarta-feira, 19 de outubro de 2011

'Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida.
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar.
Onde leva?
Não perguntes, segue-o!'

Nietzsche

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dizedora de sim

Teístas, ateístas, ambos são vítimas.

A pessoa realmente religiosa não tem nada a ver com A Bíblia ou com o Corão ou com o Bhagavad Gita.

A pessoa realmente religiosa tem uma profunda comunhão com a existência. Ela pode dizer sim para uma rosa, ela pode dizer sim para as estrelas, ela pode dizer sim para as pessoas, ela pode dizer sim para seu próprio ser, para seus próprios desejos.

Ela pode dizer sim para o que quer que a vida traga para ela.

Ela é uma dizedora de sim.

Quando duas pessoas começam a se tornar uma




Quando duas pessoas que se amam estão realmente abertas uma à outra, quando elas não temem uma à outra e não escondem nada uma da outra... isso é intimidade. Quando elas podem dizer tudo, sem medo de que o outro irá se ofender ou magoar...

Se o ente querido pensa que o outro ficará ofendido, então a intimidade ainda não é profunda o bastante. É um tipo de acordo que pode ser rompido por qualquer coisa.

Mas quando duas pessoas que se amam começam a sentir que não há nada a esconder e tudo pode ser dito, e a confiança chega a tal profundidade que mesmo que um não diga o outro irá saber, então eles começam a se tornar um.

Osho

sábado, 1 de outubro de 2011

"O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi."

Cazuza